Que SUS para 2030?

Em evento para celebrar o Dia Mundial da Saúde, lembrado em 7 de abril, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) defendeu o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil para garantir atendimento a todos os cidadãos. Em 2019, a comunidade internacional comemora a data com um chamado por mais esforços em prol da cobertura universal de saúde.

“Estamos convencidos de que o direito à saúde não é algo abstrato. Ele se concretiza por meio da cobertura e do acesso efetivo a serviços de boa qualidade, integrais e presentes em todo o território”, afirmou a representante da OPAS no Brasil, Socorro Gross, durante debate realizado na sexta-feira passada (5), em Brasília.

O encontro reuniu especialistas de governos, academia, sociedade civil e imprensa para discutir como melhorar o SUS, incluindo por meio de uma sólida atenção primária de saúde.

Ao fim do evento, os cerca de 200 participantes fizeram uma corrente solidária em defesa do SUS – sistema considerado pela OPAS uma referência para as Américas e cujo fortalecimento representa um importante caminho para o alcance da saúde universal no Brasil.

Atenção primária

Evidências científicas internacionais têm comprovado que um sistema de saúde baseado numa atenção primária forte traz resultados melhores, mais eficiência, custos menores e maior qualidade de atendimento em comparação com outros modelos.

Mas no que consiste uma atenção primária de qualidade? Um sistema adequado desse tipo conta com unidades de saúde acessíveis aos cidadãos que precisam de atendimento; oferece um conjunto amplo e atualizado de procedimentos diagnósticos e terapêuticos; está preparado para lidar com os problemas de saúde mais recorrentes entre a população sob sua responsabilidade; e também está apto a coordenar o atendimento dos pacientes que precisam ser encaminhados para outros níveis de atenção do sistema de saúde.

No Brasil, conforme mostrado pelo relatório 30 anos de SUS – Que SUS para 2030?, o principal mecanismo para expandir a cobertura da atenção primária tem sido a consolidação da Estratégia de Saúde da Família (ESF).

Esse modelo, quando comparado com outras formas de organização da atenção primária no país, apresenta resultados melhores no que diz respeito à redução de internações evitáveis e à diminuição da mortalidade infantil e materna. A estratégia de saúde da família também tem alcançado avanços mais significativos na ampliação do acesso ao sistema de saúde e na diminuição das mortes por causas preveníveis.

 

Fonte: Opas

Crédito da imagem: Opas