Os resultados de uma pesquisa quantitativa da Escola de Relações Internacionais (FGV-RI) revelam que, embora a maioria absoluta dos brasileiros acreditem que as mudanças climáticas são uma realidade causada pelos humanos, a severidade de seus efeitos não é um consenso: 44% dos entrevistados duvidam que as mudanças do clima tenham efeito negativo intenso sobre as suas vidas. A pesquisa foi realizada em 2023 nos sete países responsáveis por 80% das emissões de CO2 da América Latina, ou seja, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru. Os dados sobre o Brasil revelaram que a existência de estudos científicos é o principal fator para a crença nas mudanças climáticas. Já a descrença estaria apoiada no individualismo dos brasileiros que negam essas mudanças e que estão situados tanto à direita quanto à esquerda do espectro político. Esse é um dado peculiar da realidade brasileira, já que, nos Estados Unidos e na Europa, a população descrente está concentrada nos grupos de direita. O Brasil é ainda o país, entre os entrevistados, onde o ceticismo a respeito da severidade da crise climática é mais disseminado.
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