O sanitarista Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 da Fiocruz, participou da mesa de abertura do seminário Diálogos Sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipea), que reuniu no dia 1º de agosto em Brasília especialistas, acadêmicos e representantes de diversas instituições para discutir os desafios e avanços na implementação dos ODS no Brasil. A programação incluiu uma série de painéis abordando temas cruciais como pobreza, desigualdade, desenvolvimento inclusivo, igualdade de gênero e raça, e sustentabilidade ambiental.
Em sua fala, Gadelha saudou o Ipea pelo seminário, ressaltando a importância da parceria entre diversas instituições no processo de implementação da Agenda 2030, prevista no ODS 17, além da importância da inovação e da ciência nesse esforço global. Ele disse que a Agenda 2030 representou um grande avanço nos debate sobre o desenvolvimento no novo milênio por relacionar de maneira sinérgica economia, sociedade e meio ambiente, dando às metas por ela estabelecidas um status universal, ao mesmo tempo que levou em conta aspectos regionais, e obrigando os gestores e a ciência a pensar formas de atuação que articulem várias áreas para a realização delas. Ele destacou ainda que a área da saúde tem a tradição de pensar suas questões através de diversos recortes e citou os determinantes sociais da saúde, que associa a saúde à qualidade de vida, à inclusão e à sustentabilidade do planeta, e iniciativas recentes da Fiocruz nesse sentido, como a Estratégia Fiocruz para clima e saúde, que prioriza a relação simbiótica entre saúde, clima e desenvolvimento sustentável. Ele encerrou sua fala defendendo a aprovação do ODS 18, proposto pelo Governo Brasileiro, de combate ao racismo por sua pertinência universal e seu caráter de justiça social.