A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) apresentou um ambicioso roteiro para o desenvolvimento de seu novo Plano Estratégico 2026-2031, que definirá o rumo da cooperação técnica em saúde para o período, durante a realização do 61º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde realizada em Washington entre 30 de setembro e 4 de outubro. O documento incorpora as melhores práticas em planejamento estratégico e gestão orientada para resultados, bem como as lições aprendidas com o plano atual, e estabelece um processo que permitirá ao próximo plano estratégico responder aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 relacionados à saúde e abordar as prioridades regionais estabelecidas na Agenda de Saúde Sustentável para as Américas 2018-2030.
O novo plano estratégico busca garantir que a OPAS colabore com os esforços nacionais para melhorar a saúde e o bem-estar em cada país e território da região, além de reduzir as desigualdades. “O próximo plano estratégico representa uma oportunidade para moldar o futuro da saúde nas Américas”, afirmou o Jarbas Barbosa, diretor da OPAS. “Trabalhando juntos com nossos Estados Membros e parceiros, podemos criar uma América mais saudável e equitativa para todas as pessoas”, acrescentou.
O desenvolvimento do Plano Estratégico 2026-2031 será realizado em três fases: preparação (já concluída), análise e redação (de julho de 2024 a fevereiro de 2025) e ajuste e aprovação (de março a setembro de 2025). O processo deverá incluir amplas consultas com os Estados membros e outras partes interessadas relevantes, garantindo que as perspectivas de diversos atores sejam integradas aos trabalhos. O plano será apresentado para discussão e aprovação pelos Estados membros da OPAS em 2025.
O 61º Conselho Diretor da OPAS reuniu as principais autoridades de saúde das Américas, que debateram os principais temas da saúde e aprovaram estratégias, planos e políticas para orientar ações conjuntas nos próximos anos. Os delegados do encontro trataram de 46 itens, abrangendo questões que foram desde políticas sobre mudança climática e saúde até estratégias para o fortalecimento dos sistemas de saúde.
Dos cinco dias de debates resultaram cinco relatórios finais e 14 resoluções e três relatórios de progresso que tratam, entre outros assuntos, de enfrentamento à sepse; fortalecimento do controle do tabaco; de políticas para melhorar os cuidados cirúrgicos, de emergência e intensivos; e de estratégias de inteligência epidemiológica para ajudar os países a detectar ameaças precocemente, conter surtos e salvar vidas. Os delegados também aprovaram incentivos para aumentar a produção regional de vacinas, medicamentos e outras tecnologias essenciais por meio dos Fundos Rotatórios Regionais da OPAS, a fim de enfrentar a alta dependência da região na importação desses produtos, uma fraqueza destacada durante a pandemia de COVID-19 e que a organização busca reverter.
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