A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo presente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovada por aclamação no dia 24 de julho em um encontro do G20 no Galpão da Cidadania, no Rio de Janeiro, tem o compromisso de revitalizar parcerias globais para o desenvolvimento sustentável com inclusão e justiça social e de colaborar com a realização dos ODSs da Agenda 2030. O princípio organizador da Aliança Global é uma cesta de referência de políticas públicas, em torno da qual governos, organizações, instituições financeiras e centros do saber estarão organizados em três pilares – o nacional, o financeiro e o de conhecimento – que levam em conta a realidade e as possibilidades de cada país para a implementação dessas políticas. A Aliança terá uma estrutura operacional enxuta, com apenas dois endereços físicos – um no Brasil, autor da proposta, e outro em Roma, na sede da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). O Brasil se dispôs a arcar com metade dos recursos necessários à manutenção da burocracia da aliança.
A proposta aprovada prevê a realização de Cúpulas Regulares Contra a Fome e a Pobreza, a composição de um Conselho de Campeões, com representantes de alto nível dos países e organizações, e de um corpo técnico leve, ágil distribuído entre alguns dos principais polos mundiais de conhecimento e de recursos, que será chamado de Mecanismo de Apoio à Aliança. A aliança está aberta a governos, a organizações internacionais, a instituições de conhecimento, a fundos e a bancos de desenvolvimento, e a instituições filantrópicas. O setor privado de cada país poderá ser chamado a participar e a contribuir para a implementação das ações por meio de parcerias público-privadas, por exemplo, das políticas a serem implementadas.
Depois do lançamento oficial da aliança em novembro na Cúpula de Líderes do G20, no Rio, os países e instituições interessados poderão aderir à Aliança, adotar as propostas de políticas e de programas da Aliança e receber apoio técnico, político e financeiro, mas não serão considerados membros fundadores. O Banco Mundial e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) são duas instituições multilaterais de financiamento que já manifestaram apoio formal à Aliança.