Autores
Jurema Corrêa Mota
Fernando Freitas
Francisco Inácio Bastos
Ano
2020
Resumo
Cabe destacar, em primeiro lugar, que não trataremos aqui da disseminação maciça dos psicofármacos per se, ou seja, do inegável aumento tanto das prescrições como da ampliação do próprio escopo da intervenção médica, e, mais especificamente, psiquiátrica, que traz para o âmbito da biomedicina um conjunto de sintomas até então difusos. Estes passam a constituir síndromes, definidas pelos tratados especializados e classificações nosológicas, que são então objetos de intervenção medicamentosa. Tal tema vem sendo tratado por inúmeros autores, mas este não é o nosso propósito aqui, que é antes o de integrar o presente texto a um conjunto de textos que tematizam a questão das substâncias utilizadas de modo prejudicial e dependente SEM finalidades terapêuticas (basicamente tematizando substâncias que não são psicofármacos, como álcool, tabaco e diferentes drogas ilícitas).