O 17º Congresso Latino-americano de Medicina Social e Saúde Coletiva, organizado pela Associação Latino-americana de Medicina Social e Saúde Coletiva (Alames), foi realizado em Buenos Aires, na Argentina, entre os dias 17 e 21 de julho, e contou com a participação de sanitaristas, instituições acadêmicas, gestores, trabalhadores da saúde e movimentos sociais de praticamente todos os países da região. Com o tema “Sindemia, reconfiguração do mundo e a luta pelo bem-viver”, o congresso discutiu os desafios teóricos, práticos e políticos da saúde coletiva no contexto pós-pandemia, apreendendo de forma crítica as lições deixadas pela crise sanitária em um contexto de crescentes tensões geopolíticas e de mudanças econômicas e tecnológicas de grande escala, ocorridas paralelamente ao aumento da desigualdade e acirramento dos conflitos sociais.
As principais posições discutidas no congresso constam na declaração final do evento, aprovada na plenária final. Na mesma ocasião, a Alames aprovou ainda a realização de seu 18º Congresso no Brasil, em 2025. O presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), Carlos Fidelis, apresentou a candidatura do Brasil e destacou o contexto político brasileiro favorável à discussão dos desafios para a garantia do direito à saúde e da articulação com os demais países da América Latina. Fidelis disse que “o Brasil tem a estrutura necessária para receber o evento e vocês serão todos muito bem-vindos”. O congresso no Brasil será organizado pelo Cebes e a cidade sede, a data e o local do evento ainda não foram definidos.