Rômulo Paes de Souza diz que Brasil tem muito a contribuir no debate internacional sobre um modelo de saúde que integre a questão ambiental

O pesquisador da Fiocruz, Rômulo Paes de Sousa, assumiu a presidência da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) no dia 9 de agosto com a certeza de que o campo da saúde tem um papel importante no enfrentamento do desencanto causado pela crise estrutural do capitalismo que, para ele, marca a atualidade. Essa contribuição, segundo Rômulo disse em entrevista ao site Outra Saúde, se dará no momento em que a sociedade conseguir aliar o acesso a serviços de saúde com uma agenda que proponha a renovação do conceito de democracia e de sua produção política. Esse compromisso ético com a saúde em uma perspectiva ampliada, necessariamente associada ao aprofundamento dos direitos sociais e à participação social, tem norteado a atuação da Abrasco desde sua fundação. “A própria terminologia de saúde coletiva é uma formulação original onde nós temos, digamos assim, a aglutinação da epidemiologia, da política, do planejamento e da gestão e, por fim, das ciências sociais aplicadas à saúde. Agora, mais recentemente, com uma contribuição mais decisiva da saúde e do ambiente”, disse Rômulo. Lembrando que a questão ambiental ganhou muita força no debate brasileiro sobre saúde depois da pandemia e das enchentes no Rio Grande do Sul, ele defendeu que haja uma análise mais sofisticada dessa pauta no modelo de saúde brasileiro. “Estamos devendo uma contribuição mais original sobre esse tema. Penso que tivemos uma contribuição muito decisiva internacionalmente, por exemplo, quando debatemos os determinantes sociais da saúde. O Brasil tem condições de incidir mais nos modelos apresentados e que ganham espaço na acumulação teórica internacional”, pontuou, dizendo acreditar que a Abrasco é um instrumento importante na produção de novas formulações no campo da saúde, como se viu na concepção do SUS e de seu modelo universalista.

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