Entrevistas

Pela radicalização da democracia

“A construção de uma visão nacional sobre o futuro que queremos só poderá ser feita a partir da radicalização da democracia e da ampliação dos meios de participação social”. A avaliação é da economista Mayra Juruá de Oliveira, assessora do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), que em julho participou do seminário “Iniciativas em Prospecção Estratégica Governamental no Brasil”, promovido pela rede Brasil Saúde Amanhã, na Fiocruz. Nesta entrevista, a pesquisadora apresenta metodologias aplicadas em estudos prospectivos de futuro e comenta os impasses enfrentados pelas iniciativas que buscam instrumentalizar políticas públicas, especialmente na área de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. […]

Financiamento Setorial

Teto fiscal: remédio amargo e desnecessário

: Apresentado como única solução para a crise econômica, o ajuste fiscal tornou-se a senha para a criação de um arrocho, por meio da regulação restritiva de gastos. O remédio amargo foi tema do debate “Estado de sítio fiscal no SUS”, da série Futuros do Brasil, promovido pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz em parceria com o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). Durante o evento, realizado dia 16 de agosto, Élida Graziane Pinto, procuradora do Ministério Público do Estado de São Paulo, e Graziele David, assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e conselheira do Cebes, discutiram o impacto do teto constitucional para as despesas públicas, proposto por meio da PEC 241/2016. […]

Notícias

IBGE: 55,5% dos estudantes já consumiram bebida alcoólica e 9,0% experimentaram drogas ilícitas

Dos cerca de 2,6 milhões de estudantes que cursavam o 9º ano do ensino fundamental em 2015, 55,5% (1,5 milhão) já havia consumido uma dose de bebida alcoólica alguma vez, percentual superior ao observado em 2012 (50,3% ou 1,6 milhão). A proporção dos que já experimentaram drogas ilícitas subiu de 7,3% (230,2 mil) para 9,0% (236,8 mil) no mesmo período. Em relação ao consumo atual de álcool e drogas ilícitas, respectivamente, 23,8% (626,1 mil) e 4,2% (110,5 mil) dos estudantes tinham feito uso dessas substâncias nos últimos 30 dias antes da pesquisa. Já o percentual de estudantes que já haviam experimentado cigarro caiu de 19,6% em 2012 para 18,4% em 2015. […]

Desenv. e Saúde

Para um desafio global, uma resposta global

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) integra uma nova rede global que pretende produzir um levantamento sobre a resistência aos inseticidas por mosquitos vetores de arboviroses – em especial o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Chamada de ‘Worldwide Insecticide Resistance Network’ (WIN), a rede é composta por pesquisadores de 15 instituições reconhecidas internacionalmente. A formação do grupo está alinhada aos objetivos de monitoramento e vigilância entomológica da Organização Mundial da Saúde (OMS). Como uma de suas ações recentes, em março deste ano, a entidade divulgou um documento alertando para a resistência do Aedes aegypti aos inseticidas usados em regiões atingidas pelo vírus Zika. […]

Notícias

Serão necessários 3 planetas para manter atual estilo de vida da humanidade

Se a população global de fato chegar a 9,6 bilhões em 2050, serão necessários quase três planetas Terra para proporcionar os recursos naturais necessários a fim de manter o atual estilo de vida da humanidade, segundo o Banco Mundial. A voracidade com que se utiliza tais recursos fez as Nações Unidas incluírem o consumo em sua discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030. […]

CEIS

Fiocruz anuncia nova fase de vacina para esquistossomose

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dará início aos estudos clínicos de Fase II da vacina brasileira para esquistossomose, chamada de Vacina Sm14, em etapa realizada em parceria com a empresa Orygen Biotecnologia S.A. A vacina é um dos projetos de pesquisa e desenvolvimento em saúde priorizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visando garantir o acesso da população dos países pobres a ferramentas de medicina coletiva com tecnologia de última geração. Uma das doenças parasitárias mais devastadoras socioeconomicamente, atrás apenas da malária, a esquistossomose infecta mais de 200 milhões de pessoas, de acordo com a OMS, essencialmente em países pobres. No Brasil, 19 estados apresentam casos, especialmente os da região Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo. […]

Cond. da Saúde

Fronteiras tecnológicas não são neutras

“O Estado é a instância mais importante na determinação das fronteiras tecnológicas”, defende Marina Honorio de Souza Szapiro, professora do Instituto de Economia da UFRJ. Uma das autoras do estudo “Fronteiras Tecnológicas Subordinadas a Estratégias Nacionais de Desenvolvimento: as Experiências dos Estados Unidos da América, da China, do Japão e da Alemanha”, produzido pela RedeSist, do Instituto de Economia da UFRJ, com apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Marina palestrou sobre o tema no seminário “Iniciativas em Prospecção Estratégica Governamental no Brasil”, promovido pela rede Brasil Saúde Amanhã, no dia 27 de julho, na Fiocruz. Nesta entrevista, ela desfaz o senso comum sobre a neutralidade do progresso tecnológico: “Não há como copiar política tecnológica”, destaca. […]

CEIS

Uma abordagem prospectiva para as PDPs

Os cenários futuros para a política industrial da Saúde no Brasil estiveram em pauta na última terça-feira, 16 de agosto, durante reunião da rede Brasil Saúde Amanhã que discutiu, na Fiocruz, o contexto atual das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) e as tendências de longo prazo. Mediado pelo coordenador executivo do projeto, José Carvalho de Noronha, o debate foi norteado por estudo encomendado ao economista Marco Vargas, membro do Grupo de Pesquisa em Inovação e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). […]

Desenv. e Saúde

Pesquisadores desenvolvem robô para auxiliar em cirurgias laparoscópicas

Robôs que auxiliam equipes médicas em cirurgias já são realidade há anos em hospitais do mundo inteiro. Porém, no Brasil, o custo dos equipamentos, ainda importados de outros países, pode ser um empecilho para o sistema público de saúde. Pesquisadores da Universidade de Brasília querem tornar viável a disponibilização dessas tecnologias nas Unidades de Saúde a partir do desenvolvimento de um robô de baixo custo para auxiliar no procedimento da laparoscopia, incisão pouco invasiva indicada principalmente para remoção de vesícula e apêndice. […]

Financiamento Setorial

Investir em saúde para sair da crise econômica

Nos últimos anos o Brasil melhorou em muita coisa. No caso a saúde, mesmo com todos os problemas do SUS, o fato de termos um sistema público de saúde nos levou a melhorar indicadores importantes de saúde, mesmo com todos os problemas de as´due. Sim, queremos mais. Mas não podemos deixar de ver que além de termos ampliado o acesso a saúde para todos brasileiros, alcançamos importantes reduções nas Taxas de Mortalidade Infantil, na Taxa de desnutrição em crianças e na ocorrência das doenças infecto contagiosas, parasitárias e as imunopreveníveis. […]