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Saúde global: livro busca despertar vocações

Pautada por valores como ética, justiça e solidariedade, a saúde global é um campo de estudos que não só tem atraído cada vez mais atenção de instituições, como ainda tem um grande potencial de crescimento. Despertar interesse e vocações de estudantes e pesquisadores para este fascinante campo é um dos objetivos do livro Saúde Global: olhares do presente, novo volume da coleção Temas em Saúde. De maneira compacta e de fácil comunicação, a autora Helena Ribeiro, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, traz as bases formadoras da saúde global, seus conceitos, definições e algumas linhas de pesquisa de maior realce na atualidade. […]

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Hanseníase: crescimento da resistência a medicamentos exige atenção

Estabelecido há quase 40 anos, o atual esquema de tratamento para a hanseníase, uma poliquimioterapia que combina diferentes antibióticos para combater a bactéria Mycobacterium leprae, possibilitou a cura da doença e é um dos pilares da busca pela eliminação do agravo. Para que essa conquista não seja ameaçada, a vigilância das bactérias resistentes aos medicamentos foi destacada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na mais recente Estratégia Global para Hanseníase, publicada em 2016. Em entrevista, o chefe do Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Milton Ozório Moraes, relata que estudos indicam que 8% dos casos de recidiva, quando a doença retorna após a conclusão do tratamento, se devem justamente a bactérias resistentes. Como não há levantamentos amplos para dimensionar o problema, os dados podem estar subestimados. “Controlar a disseminação da resistência é fundamental para evitar que medicamentos usados com sucesso por décadas se tornem ineficazes, gerando um grave problema de saúde pública”, afirma o pesquisador. O cientista destaca ainda a importância do diagnóstico precoce da infecção para evitar danos irreversíveis e garantir a interrupção da transmissão do agravo. […]

Cond. da Saúde

Pobreza encurta a vida mais que obesidade, álcool e hipertensão

A evidência científica é robusta: a pobreza e a desigualdade social prejudicam seriamente a saúde. No entanto, as autoridades de saúde não dão a esses fatores sociais a mesma atenção que dedicam a outros quando tentam melhorar a saúde dos cidadãos. Um estudo sobre 1,7 milhão de pessoas, publicado pela revista médica The Lancet, traz de volta esse problema negligenciado: a pobreza encurta a vida quase tanto quanto o sedentarismo e muito mais do que a obesidade, a hipertensão e o consumo excessivo de álcool. O estudo é uma crítica às políticas da OMS, que não incluiu em sua agenda este fator determinante da saúde — tão importante ou mais do que outros que fazem parte de seus objetivos e recomendações. […]