Entrevistas

Enfrentando a crise global da força de trabalho em saúde

Em 2030, a população mundial demandará 80 milhões de profissionais de saúde, enquanto 65 milhões estarão no mercado de trabalho. A estimativa, que reforça a análise da crise global da força de trabalho em saúde, identificada em 2006 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é resultado do estudo “Projeções globais do mercado de trabalho em saúde para 2030”, publicado recentemente no periódico internacional “Recursos Humanos para a Saúde”. Para o médico Mario Roberto Dal Poz, pesquisador do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e colaborador da rede Brasil Saúde Amanhã, mudar este cenário é possível. Dal Poz atuou por 15 anos como coordenador de Recursos Humanos em Saúde da OMS e, nesta entrevista, defende que o problema tem solução. “Em um cenário otimista, a reorganização do modelo de atenção à saúde pode gerar ganhos de produtividade capazes de reduzir substancialmente o déficit projetado para a força de trabalho. O maior desafio é direcionar investimentos para aumentar a produtividade: na gestão, na formação, no uso de tecnologias, no modelo de atenção”, afirma. […]

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Leituras Sugeridas

Planejamento e prospecção para a construção do futuro da América Latina e Caribe

Autores: Jorge Mattar, Luis Mauricio Cuervo González
Ano: 2016

“Planificación y prospectiva para la construcción de futuro en América Latina y el Caribe” reúne quatro trabalhos da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), publicados pelo Instituto Latinoamericano y del Caribe de Planificación Económica y Social (ILPES), entre 2013 e 2016. O objetivo do trabalho é mostrar a análise dos avanços recentes do planejamento e suas perspectivas de desenvolvimento na América Latina e Caribe.

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Leituras Sugeridas

Doenças Transmissíveis e Situação Socioeconômica no Brasil

Autoras: Leila Posenato Garcia e Gabriela Drummond Marques da Silva
Ano: 2016
O estudo “Doenças Transmissíveis e Situação Socioeconômica no Brasil: Análise Espacial” descreve a distribuição espacial das principais doenças relacionadas à pobreza no país: tuberculose, hanseníase, leishmaniose tegumentar, leishmaniose visceral e malária. De contribuição altamente relevante, mostra mapeamento de municípios que, simultaneamente, concentravam elevada ocorrência de novos casos de doenças relacionadas à pobreza e apresentavam piores indicadores socioeconômicos. Esse trabalho torna-se ferramenta importante para o direcionamento de ações focalizadas e custo-efetivas voltadas à prevenção e ao controle das doenças relacionadas à pobreza no Brasil.

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Leituras Sugeridas

Global Health Workforce Labor Market Projections for 2030

Autores: Jenny X. Liu, Yevgeniy Goryakin, Akiko Maeda, Tim Bruckner e Richard Scheffler
Ano: 2017
O estudo aponta que, até 2030, a força de trabalho global em saúde aumentará para 80 milhões de trabalhadores, o dobro do índice registrado em 2013, enquanto a oferta de profissionais de saúde deverá atingir a marca de 65 milhões no mesmo período, resultando em uma escassez mundial de 15 milhões de profissionais de saúde. O crescimento da demanda por profissionais de saúde será maior entre os países de renda média e alta, impulsionados pelo crescimento econômico pelo envelhecimento das populações. Os países mais pobres, por sua vez, enfrentarão um crescimento reduzido da procura e da oferta por esses profissionais, ambas em grau muito abaixo do considerado necessário para alcançar cobertura adequada dos serviços de saúde.

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Notícias

Contra as mudanças climáticas, América Latina busca “limpar” o setor de transportes

A região conta com 80% de população urbana e viveu, nos últimos seis anos, um quadro de desaceleração econômica que prejudicou os orçamentos locais e os investimentos em infraestrutura. Ainda assim, a criação de prioridades e soluções simples fez surgir novidades interessantes, como mostrado no recente evento Transformando o Transporte, em Washington, promovido pelo Banco Mundial e o World Resources Institute. […]

Notícias

Envelhecer não é um fardo

Como sustentar a Previdência Social no futuro se a população brasileira está envelhecendo? Essa pergunta, que está no centro do debate sobre a Reforma da Previdência, tem um aspecto que não está sendo levado em conta, como enfatizou à revista Radis o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e especialista em mudanças demográficas, Frederico Melo: até o presente, no Brasil, o envelhecimento populacional foi impulsionado principalmente pela redução dos nascimentos de filhos por mulher e não pelo fato de que as pessoas estão vivendo por mais tempo. “Não há ligação automática entre o envelhecimento da população e a necessidade de reforma previdenciária”, explica. Segundo ele, o aumento da proporção de idosos no Brasil tem ocorrido por conta da redução da fecundidade, em razão da queda no ritmo de nascimentos. Com isso, como nascem menos crianças, cresce o número proporcional de idosos em relação aos extratos mais jovens. […]

Financiamento Setorial

Sulamis Dain: ‘Há um interesse constituído, cerceando decisões em favor do estado de bem-estar’

O desenvolvimento de políticas de longo prazo para a Saúde e para a Educação será inviabilizado pela Emenda Constitucional 55 (EC 55), por esta representar um engessamento – também de longo prazo – no orçamento federal e, portanto, nos investimentos para essas áreas. A análise é da professora Sulamis Dain, do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que participou, em dezembro de 2016, do seminário “Desenvolvimento, Espaço Fiscal e Financiamento Setorial”, realizado pela rede Brasil Saúde Amanhã, em parceria com o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE/Fiocruz). Também participaram do evento os economistas Daniel Conceição e Carlos Pinkusfeld Bastos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Pedro Rossi, da Universidade de Campinas (Unicamp). Leia a transcrição da palestra de Sulamis Dain. […]

Notícias

Nísia Trindade Lima recebe o cargo de presidente da Fiocruz

“Quando ingressei aqui como pesquisadora, eu participei da construção de um projeto institucional democrático, tendo uma visão da Saúde como parte de um processo de desenvolvimento econômico e social da conquista da cidadania. Nos últimos anos, a instituição cresceu, diversificou-se e ampliou seu papel na indução e implantação de políticas nos campos social e científico. Represento um projeto que reconhece o legado das gestões anteriores e reafirmo o valor da Fiocruz como instituição estratégica do Estado. Identifico-me com a perspectiva de seus fundadores, de articular o desenvolvimento científico e tecnológico com as necessidades do país”, afirmou Nísia Trindade Lima, na transmissão de posse do cargo de presidente da Fiocruz, dia 10 de fevereiro. […]

Entrevistas

A inovação em saúde não é neutra

“Garantir o acesso universal da população ao sistema de saúde e às novas tecnologias disponíveis não será possível sem democratizar os processos inerentes à dinâmica de inovação na Saúde”. A afirmação é da especialista Lais Costa, que integra o Grupo de Pesquisa em Inovação em Saúde da Fiocruz e investiga os cenários futuros para a democratização do acesso à saúde por meio da inovação. O tema recebeu atenção especial do periódico Cadernos de Saúde Pública, com o lançamento, em dezembro de 2016, do suplemento “Saúde, desenvolvimento e inovação no Brasil”. Nesta entrevista, Lais explica como os processos de desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias estão alinhados ao projeto de desenvolvimento nacional, que pode ser orientado por interesses neoliberais ou pelas demandas sociais. “A tendência, no cenário atual, é a intensificação da exclusão. Em outras palavras, mantendo-se a falta de prioridade para o setor Saúde, a escassez de investimentos, o aumento da demanda e a adoção de trajetórias de inovação que favorecem a exclusão social, não há como ser otimista”, declara. […]

Desenv. e Saúde

Diretrizes para o Desenvolvimento Sustentável

A ONU e 19 instituições financeiras e investidores do mundo todo, totalizando 6,6 trilhões de dólares em ativos, lançaram na terça-feira (31/01) um conjunto de diretrizes globais que visa a canalizar investimentos para o desenvolvimento sustentável. Os Princípios para o Financiamento de Impacto Positivo fornece a instituições financeiras e investidores um conjunto de diretrizes globais que poderão ser adotadas por diferentes setores, incluindo crédito para varejo e atacado, empréstimos corporativos e administração de recursos. […]