Dezenas de representantes dos países das Américas participaram nesta terça-feira (1) do encerramento da “Reunião Regional de pólio: próximos passos para certificação e contenção”, em Brasília. O evento, organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), tem por objetivo atualizar os comitês nacionais de certificação dos países das Américas sobre seus papeis e responsabilidades na fase final de erradicação da pólio, atualizar os coordenadores de contenção sobre seus papeis e responsabilidades para o Plano Regional de Contenção de Poliovírus e apresentar o modelo de informe da fase 1 de contenção.
A poliomielite é uma doença em processo de erradicação. O último caso na Região das Américas foi registrado em 1991. Três anos depois, em 1994, a Região foi certificada como a primeira área livre da circulação do poliovírus selvagem. Para o representante da OPAS/OMS, Joaquín Molina, que fez a abertura da reunião na segunda-feira (30), a conquista é resultado do esforço conjunto dos países do continente.
No ano 2000, a Região do Pacífico Ocidental também recebeu a certificação. Em 2002, foi a vez da Europa e, em 2014, da Região do Sudeste da Ásia. A Região da África não registra casos de pólio desde 2014 e a Região do Mediterrâneo se mantém como endêmica pelos casos que ocorrem no Paquistão e Afeganistão (neste ano, já foram registrados 56 ocorrências nos dois países).
Globalmente, têm sido empreendidos esforços para alcançar a meta de um mundo livre da doença, semelhante ao que ocorreu com a varíola nos anos 1980. Na 68ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada em maio deste ano, países-membros, como o Brasil, endossaram o compromisso internacional de contribuir para a erradicação global da doença e evitar a reintrodução do poliovírus selvagem nos países livres da pólio, aprimorando estratégias que orientam as ações de prevenção e controle.
“Para atingir a erradicação global da poliomielite até 2018, é necessário o compromisso dos países membros, a adoção de ações estratégicas impactantes de vigilância epidemiológica, laboratorial e ambiental, além de imunizações e ações de comunicação social”, afirma Samia Samad, consultora da Unidade Técnica de Saúde Familiar, Gênero e Curso de Vida da OPAS/OMS.
OPAS, 02/12/2015