A 10ª edição do livro Saúde Brasil 2013 foi lançada durante abertura da 14ª Expoepi
Retratar a situação de saúde e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza dos brasileiros. Este é o objetivo da 10ª edição do livro Saúde Brasil 2013, lançada pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, na quarta-feira (29/10), durante a abertura da 14ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). O evento aconteceu até o dia 31, em Brasília, com a participação de mais de quatro mil profissionais do setor.
A nova edição do ‘Saúde Brasil’ – lançado pela primeira vez em 2004 – traz uma análise sobre a situação de saúde dos brasileiros. A cada ano o livro aborda uma temática específica. Este ano, a maior parte dos capítulos estão associados a questão da saúde e a pobreza no Brasil. O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lançou o livro durante o painel 16 – Saúde Brasil 2013, onde foram debatidos os principais resultados contidos nos seus capítulos, relacionados à mortalidade infantil, materna, da mulher e do adulto jovem, entre outros temas.
Para o secretário Jarbas Barbosa, o objetivo dessa iniciativa é produzir e divulgar análises que possam auxiliar na criação de novas ações na área da saúde. “A publicação vai subsidiar o planejamento, a implementação e a avaliação das políticas e ações do Sistema Único de Saúde (SUS), ao mesmo tempo em que se desenvolve a capacidade analítica dos técnicos envolvidos no processo de criação do livro” afirmou o secretário.
Ao apresentar dados do primeiro capítulo da publicação, a professora da Universidade de Brasília, Ana Maria Nogales Vasconcelos, destacou a queda 13,3% (desde 2000) do número total de nascimento no País. “Essa diminuição é devido à redução da taxa de fecundidade em todas as regiões brasileiras. O impacto dessa redução, em 2012, representou 450 mil nascimentos a menos, se comparada com o ano de 2000”.
Durante os quatro dias da Expoepi (28 a 31 de novembro) serão realizados vários painéis com especialistas, reuniões técnicas, exposições e vários estandes com temas diversos da área da saúde. A programação completa da 14ª Expoepi está no site: http://www.expoepi.org/.
PAINÉIS DE DISCUSSÃO
No primeiro dia da Expoepi, no painel ‘Emergências em Saúde Pública e eventos de massa: vigilância e resposta’, o Ministério da Saúde apresentou um resumo das ações na área durante a Copa do Mundo, realizada este ano no Brasil. O país serviu de cenário para reunião de milhões de pessoas de diversas partes do mundo. Foi o grande momento para a atuação da Saúde Pública em eventos de massa.
Durante o evento esportivo houve a ativação do Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (Ciocs Nacional) para detectar, monitorar e responder aos eventos de saúde que aconteceram durante os jogos e eventos paralelos, como o FIFA Fan Fest. A rede que integrou todas as 12 cidades sedes recebeu 14.180 registros durante a Copa, com a maioria deles de cefaleia e náuseas e com uma taxa de resolutividade de 96% dos casos.
Já durante o painel ‘Saúde Amanhã: prospecção estratégica para o sistema de saúde brasileiro nas próximas duas décadas’, o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, falou da importância de se ter um olhar a médio e longo prazo no processo de planejamento do SUS. “Grande parte das mudanças necessitam de tempo, preparação e planejamento”, ressaltou Jarbas ao apresentar o estudo ‘Cenários Epidemiológicos para o Brasil em 2033’. Nessa visão da saúde para daqui 20 anos, o secretário reforçou a necessidade do SUS se preparar para o crescimento das Doenças Crônicas não Transmissíveis.
No painel ‘A vigilância de doenças de transmissão vetorial: dengue e Chikungunya em discussão’, o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), Giovanini Coelho, apresentou as estratégias do Brasil para enfrentamento da dengue e os desafios atuais no controle da doença. Ele destacou a importância da capacitação dos profissionais e preparação dos serviços de saúde.
O consultor técnico do PNCD Fábio Silveira falou sobre o cenário da doença no Brasil e no mundo e apresentou as ações do Ministério da Saúde desde quando foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013. O Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença e solicitou aos Estados que preparem seus planos locais.
No painel ‘Inovações e desafios para a prevenção das doenças imunopreviniveis’ foram apresentados os avanços alcançados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. A coordenadora do PNI, Carla Domingues, ressaltou, entre outros assuntos, que o calendário público de vacinação do país é um dos mais completos do mundo e está disponível para toda a população. “É um programa universal porque atende todos os municípios brasileiros, com 36 mil salas de vacinas e ainda atendendo grupos especiais nos 42 centros de referência para imunobiológicos especiais”.
A publicação será disponibilizada pelo Ministério da Saúde para download em breve.
Ministério da Saúde, 30/10/2014