A alta-comissária da ONU para direitos humanos, Michelle Bachelet, e o alto-comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, apresentam os desafios da pandemia para o mundo e ressaltam a importância de ações que incluam os mais vulneráveis e marginalizados.
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Conversando sobre o Brasil pós-pandemia
A emergência sanitária provocada pelo novo coronavírus vem alterando drasticamente as formas de organização da sociedade, individual e coletivamente. Debater os cenários futuros para o Brasil e o sistema de saúde nesse contexto são os objetivos do seminário on-line “Conversando sobre o Brasil pós-pandemia”, que será promovido pela iniciativa Brasil Saúde Amanhã no dia 9 de novembro, a partir das 10h, com transmissão on-line pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz. Ao discutir os os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a sociedade brasileira, o evento propõe a reflexão sobre nossa autocompreensão, como coletividade, e o que podemos esperar para o futuro próximo, considerando o cenário internacional e o quadro latino-americano.
“A pandemia de Covid-19 trouxe desafios imediatos e de médio e longo prazo não apenas para o sistema de saúde, mas para todos os setores da sociedade. Repensar quem somos e propor novos caminhos para organização social é imprescindível para construirmos um futuro seguro e próspero. Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), superar as desigualdades sociais e reinventar a ordem social são compromissos inadiáveis”, afirma o sanitarista José Noronha, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador executivo da iniciativa Brasil Saúde Amanhã.
Há 10 anos, a iniciativa Brasil Saúde Amanhã atua de forma pioneira na prospecção de cenários futuros para o Brasil e o sistema de saúde. “Trabalhamos com o horizonte móvel dos próximos 20 anos. Na última década, nos alinhamos ao marco da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, inspirados por seu imperativo ético: ‘Ninguém será deixado para trás’. Sem perder de vista esta importante referência global, redirecionamos, agora, o nosso olhar para 2040”, adianta Noronha.
Participam do seminário on-line o escritor, historiador, compositor e Babalaô Luiz Antonio Simas; a antropóloga Rita Segato, professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) e membro do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO); e a socióloga Adelia Miglievich-Ribeiro, professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), onde coordena o Núcleo
de Estudos em Transculturação, Identidade e Reconhecimento. O debate será dinamizado pelo pesquisador José Noronha; pelo sanitarista Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para Agenda 2030; e pelo pesquisador Leonardo Castro, analista do Centro de Estudos, Política e Informação sobre Determinantes Sociais da Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). […]
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Uma mudança estrutural para a Saúde
“É preciso reorganizar o sistema de saúde para que seja possível ofertar atenção integral aos idosos”. A recomendação é do médico Renato Peixoto Veras, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade, da UERJ. Nesta entrevista, o médico discute o futuro do sistema de saúde em um cenário em que 26,7% da população brasileira terá mais de 65 anos, conforme previsto para 2060 pelo IBGE. Para Veras, é fundamental que o SUS reveja seu modelo de atenção, o financiamento setorial e a formação de recursos humanos, para que seja possível atender as necessidades presentes e futuras de uma população em processo de envelhecimento. “Diante da certeza de que doenças crônicas vão prevalecer entre os idosos, devemos trabalhar no sentido da prevenção desses agravos e da promoção da saúde e do autocuidado”, orienta. […]
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Intersetorialidade para promover a saúde do idoso
“O envelhecimento saudável começa no pré-natal”. É assim que a psicóloga Angela Castilho, do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria, da Ensp/Fiocruz, chama atenção para a importância da integralidade na atenção à saúde do idoso. Dia 25 de outubro, Angela participou do seminário “Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa: desafios da implementação”, promovido pelo Icict/Fiocruz. Na ocasião, apresentou a palestra “Capacitação da Atenção Básica e da Gestão: superando desafios na área do envelhecimento”. Nesta entrevista, ela aponta os desafios para a atenção integral à saúde do idoso no horizonte dos próximos 20 anos e alerta: “Se o modelo hospitalocêntrico, centrado na doença, persistir, o SUS não terá condições de garantir a atenção à saúde do idoso com universalidade, equidade e integralidade”. […]