Artigo publicado na Revista Cadernos de Saúde Pública visa extrair reflexões da crise do Estado brasileiro e busca compreender os condicionantes e desafios da coordenação de políticas públicas e do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a pandemia
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Por direitos, contra privilégios
“De todas as formas, todos os dias, precisamos nos comprometer com a democracia, as políticas públicas e o desenvolvimento humano e social”, convoca o presidente da Abrasco, Gastão Wagner. Às vésperas do 3º Congresso de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, a ser realizado pela Associação de 1º a 4 de maio em Natal, RN, o sanitarista comenta o que classifica como uma “barbárie sanitária”: estratégias de desqualificação do serviço púbico, das instituições e das equipes técnicas, a fim de inviabilizar a universalidade, a equidade e a integralidade do SUS. “Em uma época em que governos assumem posturas retrógradas, conservadoras, contra os direitos sociais, é fundamental intensificarmos a construção do sistema de saúde que desejamos para o Brasil, a partir da base. E isso se faz no dia a dia, em ações cotidianas em defesa da Constituição Federal, do direito à saúde, dos princípios do SUS”, afirma Gastão. […]
Novas diretrizes para o cuidado e o enfrentamento ao Zika
Um ano após a declaração de emergência por causa da microcefalia, o Ministério da Saúde amplia acesso ao diagnóstico e o cuidado às crianças e gestantes infectadas pelo Zika. Dentre as ações apresentadas para essa nova etapa, foram lançadas publicações voltadas para o tema: “Unificação de protocolos de Vigilância e de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Micro-cefalia relacionada à infecção pelo Vírus Zika”; o “Guia para abordagem do desenvolvimento neuropsicomotor pelas equipes de Atenção Básica, Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) no contexto da Síndrome Congênita por Zika”; “O Cuidado às Crianças em Desenvolvimento” e a nova versão de “Diretrizes de Estimulação Precoce”. […]
Fronteiras tecnológicas não são neutras
“O Estado é a instância mais importante na determinação das fronteiras tecnológicas”, defende Marina Honorio de Souza Szapiro, professora do Instituto de Economia da UFRJ. Uma das autoras do estudo “Fronteiras Tecnológicas Subordinadas a Estratégias Nacionais de Desenvolvimento: as Experiências dos Estados Unidos da América, da China, do Japão e da Alemanha”, produzido pela RedeSist, do Instituto de Economia da UFRJ, com apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Marina palestrou sobre o tema no seminário “Iniciativas em Prospecção Estratégica Governamental no Brasil”, promovido pela rede Brasil Saúde Amanhã, no dia 27 de julho, na Fiocruz. Nesta entrevista, ela desfaz o senso comum sobre a neutralidade do progresso tecnológico: “Não há como copiar política tecnológica”, destaca. […]