Intensificar a cooperação internacional por meio da promoção da saúde para crianças e jovens, assim como da saúde materna, dos direitos reprodutivos e do combate à violência de gênero. Essas foram as prioridades identificadas para a parceria firmada entre Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
As instituições assinaram um acordo em julho, na sede do UNFPA em Nova Iorque, paralelamente ao Fórum Político de Alto Nível para o Desenvolvimento Sustentável.
Profissionais da FIOCRUZ e do UNFPA se reuniram na sede da fundação, no Rio de Janeiro (RJ), no início de agosto (7 e 9), para definir as ações iniciais e preparar um documento que será apresentado em novembro, em Nairóbi, no Quênia, na Cúpula sobre a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento.
“Estamos aqui para traduzir o memorando em projetos, a ideia é que o acordo não beneficie somente as duas instituições, mas o mundo todo”, explicou o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal.
A presidente da FIOCRUZ, Nísia Trindade Lima, destacou que as agendas em comum das instituições justificam a cooperação. “Precisamos reforçar três pontos, educação, pesquisa e, principalmente, advocacy, uma tradição na fundação e no UNFPA”, disse.
Ela reforçou ainda a preocupação de realizar pesquisas quantitativas e qualitativas, com o objetivo de gerar dados que possam dar uma ideia das desigualdades entre as regiões que serão beneficiadas pelo acordo.
Foram apresentados dados de países de África e América Latina e Caribe, para que os participantes da reunião pudessem avaliar onde os esforços devem ser focados. Profissionais da FIOCRUZ também apresentaram o conhecimento da fundação em algumas áreas, como saúde materna e no desenvolvimento da plataforma de educação “Campus Virtual Fiocruz”.
As convergências entre as nações envolvidas foram destacadas, especialmente a transição demográfica dos países e o surgimento de posições que questionam a perspectiva de direitos que tem prevalecido na saúde pública e no campo do desenvolvimento nas últimas décadas, e que acabam por ter efeitos na promoção da saúde de jovens e mulheres, principalmente.
A principal solução encontrada pelos participantes da reunião foi o estabelecimento da FIOCRUZ como um centro de referência, que produza evidências e argumentos científicos para avançar nessa agenda, atendendo também países da África e de América Latina e Caribe, nos quais seriam desenvolvidas ações voltadas às prioridades definidas.
“FIOCRUZ e UNFPA trabalham pelos mais vulneráveis e compartilham uma visão de mundo, a parceria vai levar uma agenda de saúde universal onde ela é mais necessária, sem deixar ninguém para trás e em consonância com a Agenda 2030 das Nações Unidas”, finalizou Nadal.
Fonte: ONU Brasil
14/08/2019